Title: No olho do furacão: protagonismo e incerteza nas Jornadas de Junho de 2013
En el ojo del huracán: protagonismo e incertidumbre en las Jornadas de Junio de 2013
In the eye of the hurricane: protagonism and uncertainty in the 2013 June Journeys
Authors: Mendonça, Ricardo Fabrino
metadata.dc.contributor.other: Figueiredo, Júlia Moreira de
Publisher: Escola Nacional de Administração Pública (Enap)
Endereço Eletrônico: https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/3455
Language: Idioma::Português:portuguese:pt
Country: País::BR:Brasil
metadata.dc.type: Artigo
metadata.dc.description.physical: Revista do Serviço Público - RSP, v. 70, n. 4, p. 735-754
Issue Date: Oct-2019
metadata.dc.rights.holder: Escola Nacional de Administração Pública (Enap)
metadata.dc.rights.license: Termo::Creative Commons - Uso Não Comercial (by-nc): Esta licença permite que outros remixem, adaptem, e criem obras derivadas sobre a obra licenciada, sendo vedado o uso com fins comerciais. As novas obras devem conter menção ao autor nos créditos e também não podem ser usadas com fins comerciais, porém as obras derivadas não precisam ser licenciadas sob os mesmos termos desta licença. Fonte: http://creativecommons.org.br/as-licencas/
Classificação Temática: Comunicação
Abstract: Este artigo discute a percepção que ativistas das Jornadas de Junho de 2013 têm sobre sua participação em tais protestos. Ele parte da literatura contemporânea sobre confronto político e organizações de movimentos sociais para abordar a forma singularizada como sujeitos projetam a si mesmos e a seus coletivos como protagonistas de um evento que é caótico e gigantesco. Em diálogo com os debates sobre ação conectiva e sobre o crescente questionamento de estruturas hierarquizadas de organização política, o texto explora o modo como muitos sujeitos se colocam no centro de acontecimentos que eles mesmos reconhecem os terem atropelado. A partir de 50 entrevistas realizadas em São Paulo e Belo Horizonte, aborda-se essa ambivalência paradoxal entre o ser atropelado pela história e o ser dela protagonista. Não se deseja argumentar que tal ambivalência seja fruto de um narcisismo individualista, mas que a grandiosidade disruptiva representada por Junho emerge, justamente, dessa articulação reticular de protagonismos.
Este artículo discute la percepción que activistas de las Jornadas de Junio de 2013 tienen sobre su participación en tales protestas. El texto parte de la literatura contemporánea sobre confrontación política y organizaciones de movimientos sociales para abordar la forma singularizada como sujetos proyectan a sí mismos y a sus colectivos como protagonistas de un evento que es caótico y gigantesco. En diálogo con los debates sobre acción conectiva y sobre el creciente cuestionamiento de estructuras jerarquizadas de organización política, el artículo aborda el modo en que muchos sujetos se sitúan en el centro de acontecimientos que ellos mismos reconocen haberlos atropellado. A partir de 50 entrevistas realizadas en São Paulo y Belo Horizonte, se aborda esa ambivalencia paradójica entre el ser atropellado por la historia y el ser protagonista de ella. No se busca argumentar que tal ambivalencia sea fruto de un narcisismo individualista, pero que la grandiosidad disruptiva representada por las protestas de junio emerge, justamente, de esa articulación reticular de protagonismos.
This article discusses the perception that activists of the 2013 June Journeys have about their participation in such protests. It starts from the contemporary literature on political confrontation and social movement organizations to approach the singular through which subjects project themselves and their groups as protagonists of an event that was chaotic and gigantic. In dialogue with the debates about connective action and the growing challenges to hierarchical structures of political organization, the text explores how many subjects place themselves at the center of events that they themselves recognize as having run them over. Based on 50 interviews conducted in São Paulo and Belo Horizonte, we address this paradoxical ambivalence between being run over by history and being its protagonist. It is not argued here that such ambivalence is the result of an individualistic narcissism, but that the hugeness represented by June emerges, precisely, from this reticular articulation of protagonists.
Keywords: ação conectiva;  organização política;  protestos;  protagonismos;  administração pública
Target: Este artigo busca desenvolver um desdobramento conceitual dessa centralidade dos indivíduos nas ações coletivas contemporâneas. Interessa-nos explorar como diferentes indivíduos se veem no centro de tais protestos. É nosso argumento que a compreensão de Junho não pode ser buscada em uma explicação totalizante que pinte um quadro realista e objetivo do processo. Se se trata de uma pintura, ela é mais impressionista, e deve ser buscada nas múltiplas pinceladas que guardam grau de autonomia, mas que, em interação, dão a ver um todo mais complexo e cheio de matizes. O fato de tantos sujeitos narrarem os espaços, os coletivos e as práticas em que se inseriram como fulcrais às Jornadas de Junho é bastante revelador a esse respeito.
Target Audience: Servidores, Especialistas e demais interessados
metadata.dc.educational.context: A partir de 50 entrevistas realizadas em São Paulo e Belo Horizonte, aborda-se essa ambivalência paradoxal entre o ser atropelado pela história e o ser dela protagonista.
Sustainable Development Objectives (ODS): 16. Paz, justiça e instituições eficazes - Promover sociedades pacíficas e inclusivas par ao desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.
metadata.dc.description.additional: ISSN Eletrônico: 2357-8017
ISSN Impresso: 0034-9240
URI: http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/5429
Appears in Collections:Revista do Serviço Público: de 2011 a 2020
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