O pico do risco e o vale da percepção: risco, vulnerabilidade e direitos humanos na coleta de dados sobre violência no Brasil.
Título: | O pico do risco e o vale da percepção: risco, vulnerabilidade e direitos humanos na coleta de dados sobre violência no Brasil. |
Autor(es): | Soares, Andrei Suárez Dillon |
Contribuidor: | Jannuzzi, Paulo de Martino (Orientador) |
Editor: | Escola Nacional de Administração Pública (Enap) |
Idioma: | Idioma::Português:portuguese:pt |
País: | País::BR:Brasil |
Tipo: | Dissertação |
Extensão/Indicação de Série: | 147 páginas |
Data: | 2020 |
Detentor dos direitos autorais: | Andrei Suárez Dillon Soares |
Termos de uso: | Termo::Autorização: O autor da obra autorizou a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) a disponibilizá-la, em Acesso Aberto, no portal da ENAP, na Biblioteca Graciliano Ramos e no Repositório Institucional da ENAP. Atenção: essa autorização é válida apenas para a obra em seu formato original. |
Classificação Temática: | Governança Políticas Públicas |
Resumo: | Este estudo explora um paradoxo: como a adoção de uma perspectiva pluralista de direitos levou o Estado brasileiro a se recusar a coletar dados sobre violência não-letal contra uma população que, em 2017, respondeu por 71,7% das mortes por violência interpessoal registradas no país, mesmo representando apenas 27,1% dos habitantes. Mais especificamente, explora como uma série desarticulada de respostas a vulnerabilidades ora verificáveis, ora imaginadas, de populações específicas levou o Sistema Único de Saúde – SUS a vedar a notificação de casos de violência comunitária contra homens adultos não idosos pela Vigilância de Violências e Acidentes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – VIVA/SINAN. Estimando em mais de 110 mil o número médio de registros não realizados ou destruídos anualmente devido a tal política, o estudo demonstra que ela compromete a qualidade dos dados sobre violências cometidas não apenas contra homens em geral, mas também contra subconjuntos populacionais masculinos para os quais a coleta é obrigatória, como homens gays, bissexuais ou transexuais, indígenas e com deficiência. Identificando nas rotinas de não-coleta e descarte de registros de violência contra homens adultos não-idosos uma perigosa dissociação entre risco e vulnerabilidade, o trabalho então aborda tal divórcio à luz da perspectiva incremental de mudança de políticas púbicas de Charles Lindblom, do modelo de múltiplos fluxos de agenda política de Kingdon e da teoria de grupos de pressão – além da bibliografia sobre concepções de merecimento de públicos-alvo. Por fim, uma breve conclusão analisa o tema à luz da teoria de direitos humanos para sugerir que – paradoxalmente – o desenho de políticas públicas sob uma ótica pluralista pode não apenas gerar resultados gerencialmente sub-ótimos, mas também ampliar desigualdade, quando não regido por princípios basilares de direitos humanos – como a universalidade e a não-discriminação. |
Palavras-chave: | violência; direitos humanos; políticas públicas; desigualdade; governança |
Objetivo: | Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Governança e Desenvolvimento da Escola Nacional de Administração Pública – ENAP como requisito para obtenção do título de Mestre em Governança e Desenvolvimento. |
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): | 16. Paz, justiça e instituições eficazes - Promover sociedades pacíficas e inclusivas par ao desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. |
URI: | http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/7311 |
Aparece nas coleções: | Mestrado Enap - Dissertações e Projetos de Intervenção |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Dissertação Metrado Andrei Suarez Dillon Soares.pdf | 50.06 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens da Biblioteca Digital são de acesso aberto para uso não comercial, desde que citada a autoria e a fonte. Salvo quando outras restrições estiverem expressas no termo de uso.