Título: Categoria Profissional 3º lugar: Manejo Florestal no Estado do Espirito Santo: o Cultivo da Palmeira Juçara (Euterpe edulis) como Alternativa Econômica e Ambiental
Autor(es): Andrade, João Carlos de Padua
Editor: III Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal
Idioma: Idioma::Português:portuguese:pt
País: País::BR:Brasil
Tipo: Monografia/TCC
Extensão/Indicação de Série: 79 páginas
Data: 2015
Detentor dos direitos autorais: joão Carlos de Padua Andrade
Termos de uso: Termo::Autorização: O autor da obra autorizou a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) a disponibilizá-la, em Acesso Aberto, no portal da ENAP, na Biblioteca Graciliano Ramos e no Repositório Institucional da ENAP. Atenção: essa autorização é válida apenas para a obra em seu formato original.
Classificação Temática: Desenvolvimento Sustentável
Resumo: Visando analisar as viabilidades econômica e financeira da produção e exploração do fruto da palmeira juçara (Euterpe edulis) no Estado do Espírito Santo, o presente trabalho parte do pressuposto de que a demanda da sociedade por bens e serviços proporciona o desenvolvimento de processos produtivos que acarretam determinados tipos de conflitos socioambientais. Perante às externalidades negativas geradas, os órgãos de controle, liderados pelo Ministério do Meio Ambiente, esboçam formas de regulação a fim de, pelo menos, amenizar os impactos negativos. Dentre estas ações, tem-se, por exemplo, a Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, estando presente a palmeira juçara. Essa espécie possui grande potencial ecológico, social e econômico no bioma Mata Atlântica. Foi tradicionalmente explorada apenas para a produção de palmito e devido ao fato dela se apresentar de forma unicaule e não produzir perfilhos, a extração do palmito implica no sacrifício da planta. Essa atividade ocorreu de maneira desordenada, contínua e sem respeito à sustentabilidade ambiental, o que levou risco de extinção à juçara e prejudicou a manutenção da vida de vários animais que se alimentam de seus frutos. A extração de seu palmito ainda representa uma opção de renda para muitas famílias de agricultores de comunidades tradicionais. Ultimamente tem sido dada maior atenção ao potencial de exploração dos frutos da juçara para a produção de polpa, como uma importante estratégia de conservação da espécie e das florestas nativas, bem como de conservação e crescimento do potencial socioeconômico da floresta, na medida em que a referida atividade promove geração de renda e segurança alimentar para as comunidades tradicionais que vivem na Mata Atlântica. Percebe-se então que o estímulo para o manejo dos frutos ao invés da extração do palmito contribui para reduzir a pressão antrópica sobre a planta, auxilia a recuperação e conservação das florestas e propicia maior abundância de alimento para a fauna polinizadora e dispersora, além de contribuir para a resolução dos conflitos socioambientais relacionados ao uso de recursos naturais. Outro fator relevante é que após a retirada da polpa dos frutos, sobram, como resíduo, quantidades de sementes que podem ser utilizadas para incremento das populações da espécie e repovoamento de áreas onde houve extinção e que não manifestam capacidade de regeneração natural, como também em sistemas de consórcio ou agroflorestais, ou ainda na produção de mudas de palmeira juçara para comercialização. O estudo expôs que a exploração do fruto se apresenta viável economicamente de acordo aos modelos analisados. Considerando três opções de cultivos, cujos espaçamentos são de 2x1 m (5.000 plantas por hectare), 4x4 m (625 plantas/ha) e 7x4 m (357 plantas/ha), as taxas internas de retornos foram de 30%, 21% e 12% ao ano, respectivamente, nos doze primeiros anos dos cultivos. Outro ganho considerável com a atividade econômica do fruto da palmeira juçara é sua contribuição para o manejo florestal, reduzindo a pressão antrópica sobre as plantas nativas, além de incentivar seu plantio.
Palavras-chave: manejo florestal;  mercado florestal;  economia florestal;  desenvolvimento sustentável;  madeira;  produto florestal;  viabilidade econômica e financeira
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): 08. Trabalho decente e crescimento econômico - Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos.;  15. Vida terrestre - Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da Terra e deter a perda da biodiversidade.
Observações/Notas: Categoria Profissional - Tema: Mercado Florestal - Subtema: Produção, comercialização e consumo de produtos florestais madeireiros e não madeireiros nos biomas brasileiros.
URI: http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/4820
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