Título: Insegurança alimentar e nutricional e vulnerabilidade sociodemográfica no brasil, uma análise a partir dos dados da PNAD, 2009
Autor(es): Pinto, Alexandro Rodrigues
Contribuidor: Silva, Cosme Marcelo Furtado Passos da (Orientador)
Editor: Escola Nacional de Administração Pública (Enap)
Idioma: Idioma::Português:portuguese:pt
País: País::BR:Brasil
Tipo: Monografia/ TCC
Extensão/Indicação de Série: 126 p.
Data: 12-Dez-2011
Detentor dos direitos autorais: Alexandro Rodrigues Pinto
Termos de uso: Termo::Autorização: O autor da obra autorizou a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) a disponibilizá-la, em Acesso Aberto, no portal da ENAP, na Biblioteca Graciliano Ramos e no Repositório Institucional da ENAP. Atenção: essa autorização é válida apenas para a obra em seu formato original.
Classificação Temática: Desenvolvimento Social
Políticas Públicas e Sociais
Resumo: O Brasil foi cenário nos últimos anos de uma concentração de esforços orçamentários, institucionais, de gestão e articulação de políticas públicas voltados a promoção da segurança alimentar e nutricional. Não obstante a toda energia empreendida, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do ano de 2009 encontrou mais de 17 milhões de domicílios ou 65,5 milhões de pessoas convivendo com algum grau de insegurança alimentar e nutricional. Apesar do grande número de estudos desenvolvidos abordando a segurança alimentar e nutricional, permanecem lacunas relacionadas, principalmente, à associação entre os riscos e a capacidade de resposta dos grupos/indivíduos de forma a identificar padrões de vulnerabilidade social para subsidiar a formulação de política pública na prevenção dos riscos associados, no fortalecimento de capacidade de resposta ou de adaptação dos grupos vulneráveis. Assim, utilizando-se dos microdados da PNAD 2009 e do referencial teórico do CELADE o presente estudo pretendeu contribuir para a superação desta lacuna. A análise dos dados foi divida em três fases: descritiva, GOM e CHAID. A análise descritiva apresentou o panorama geral da insegurança alimentar e nutricional a partir de um paquet de variáveis selecionadas segundo a sua capacidade explicativa do fenômeno a partir do modelo de vulnerabilidade do CELADE. A análise do GOM identificou 13 perfis de vulnerabilidades (3 puros, 3 predominantes, 6 mistos e 1 amorfo). Para o CHAID os perfis foram agrupados em apenas 4 segundo os valores do grau de pertencimento. Os perfis identificados refletem a relação entre a exposição ao risco e a capacidade de resposta dos domicílios à insegurança alimentar e nutricional. Assim, foram caracterizados os perfis puros: alta exposição ao risco com baixa capacidade de resposta, alta exposição ao risco com alta capacidade de resposta e baixa exposição ao risco com alta capacidade de resposta. Em cada um dos perfil foram observadas associações a um conjunto de características individuais da pessoa de referência e do domicílio, de acesso a um conjunto de programas, ações e benefícios que acabaram por definir a sua vulnerabilidade à insegurança alimentar e nutricional. A insegurança alimentar e nutricional apresentou distribuição heterogêa entre os perfis, sendo maior no perfil de maior vulnerabilidade (73,1%). Nesse perfil a situação censitária do domicílio foi a variável mais explicativa detectada. Foi observado também nesse perfil, que diferente da população geral, o Programa Bolsa Família associou-se a uma menor distribuição da insegurança alimentar e nutricional (32,0% versus 21,4%). Foi verificado também que a insegurança alimentar e nutricional espraia-se para além do perfil tipicamente vulnerável. O perfil intermediário, composto de domicílios que apresentavam níveis de exposição semelhante ao perfil 1, porém com alta capacidade de resposta proporcionada principalmente pelo recebimento do BPC ou aposentadoria/pensão teve uma prevalência de insegurança alimentar e nutricional de 23,4%. A principal variável explicativa da insegurança alimentar dentro perfil foi a renda mensal familiar per capita. Em proporção muito inferior foi também encontrada insegurança alimentar e nutricional no perfil com menor vulnerabilidade, caracterizado pela alta escolaridade, maior rendimento, cor branca e ligação formal ao mercado de trabalho da pessoa de referência pelo domicílio. Nesse perfil, os domicílios com insegurança alimentar e nutricional somaram 13,2%. A renda familiar per capita foi a variável mais explicativa do fenômeno.
Palavras-chave: segurança alimentar e nutricional;  PNAD;  grupos vulneráveis;  políticas sociais;  mensuração;  monitoramento;  desenvolvimento social
Objetivo: Curso Gestão de Políticas Públicas de Proteção e Desenvolvimento Social – 1ª edição
Observações/Notas: Monografia apresentada à Coordenação Geral de Especialização da Escola Nacional de Administração Pública, como requisito parcial para obtenção do Título de Especialista em Gestão de Políticas Públicas de Desenvolvimento Social, 1ª edição.
Orientador: Cosme Marcelo Furtado Passos da Silva
URI: http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/3297
Aparece nas coleções:Especialização Enap - Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC)
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